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Falsas Anastásias: as mulheres que fingiram ser a herdeira do trono russo

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Por Anna Carolina Aguiar

Nicolau II foi o último czar da Rússia. Com a Revolução Branca e sua deposição, em 1917, ele e sua família foram levados a um esconderijo. Em julho do ano seguinte, todos os Romanov foram executados pelos bolcheviques, bem como quatro empregados e um cachorro, por medo de que opositores ao novo regime planejassem a volta do czar ao poder. O governo russo escondeu as circunstâncias da morte e a localização dos corpos dos Romanov por muitos anos, o que levou algumas pessoas a se passarem por filhos do czar que teriam sobrevivido ao massacre. Talvez você reconheça a história, que já inspirou até um filme de animação nos anos 1990:

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A grã-duquesa Anastasia Nikolaevna Romanov é a quarta filha de Nicolau II e nasceu em 1901. Segundo relatos, a menina era extrovertida e travessa. Quando foi executada, tinha 17 anos.

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Várias mulheres se fizeram passar pela garota, dizendo que haviam conseguido escapar do fuzilamento em 1918, interessadas na fortuna que a família possuía fora do país. Dentre elas, Anna Anderson e Eugenia Smith foram as que conseguiram maior visibilidade.

 

Anna Anderson

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Essa foi a mais famosa impostora da princesa russa. Dois anos após a morte dos Romanov, Anna apareceu em Berlim, na Alemanha, dizendo ser a filha mais nova do czar. Segundo ela, um soldado russo a teria salvado do porão em que a família foi executada. Apesar de não falar russo fluentemente, Anna conseguiu apoio e moveu um longo processo na Alemanha para ser reconhecida como herdeira dos Romanov, que acabou perdendo por falta de provas. Exames de DNA posteriores negaram que ela tivesse qualquer parentesco com os Romanov.

 

Eugenia Smith

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Eugenia foi outra impostora com relativa aceitação e chegou a escrever um livro sobre “sua” história: Autobiography of HIH Anastasia Nicholaevna of Russia (1963). Na publicação, ela conta que ela voltou à consciência no porão e foi resgatada por uma mulher, que a levou para um abrigo e cuidou de seus ferimentos. Nos anos 1990, quando lhe pediram para fazer um exame de DNA, Eugenia recusou.

Os corpos da família real russa, encontrados em 1979, foram exumados em 1991. Através de testes de DNA, comprovou-se que eram, de fato, os Romanov. Dois corpos, no entanto, faltavam: o de Alexei e de Anastasia. Estes foram encontrados em 2007 e, em 2009, exames comprovaram que eram das duas crianças, assassinadas junto ao restante de sua família.


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